O sarampo é uma doença infecto-contagiosa, que acomete principalmente crianças. Graças ao processo de imunização através das vacinas, no ano de 2016 o sarampo foi considerado erradicado do Brasil pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
No entanto, alguns estados do país, especialmente os que recebem imigrantes vindos de países como a Venezuela, voltaram a notificar casos da doença.
Por isso, é importante ficar alerta para os sintomas da doença e, principalmente, estar com a vacinação em dia!
O sarampo se manifesta através de sintomas como febre, tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal. Logo após, surgem manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés. A mucosa oral pode ser acometida e, nessa região, as lesões costumam ser muito dolorosas. A doença pode se agravar, acometendo o sistema nervoso central (encefalite) e pulmões (pneumonia). As complicações são ainda mais graves nos desnutridos, recém-nascidos, gestantes e pessoas com algum defeito no sistema imune.
A doença é altamente contagiosa, com transmissão direta de pessoa a pessoa, através de tosse, espirros, fala ou respiração. A dispersão de gotículas com partículas virais no ar é uma importante forma de contágio – tais partículas podem permanecer “ativas” por um tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. O sarampo pode ser transmitido até quatro dias após o surgimento das lesões de pele.
O tratamento é voltado para o alívio dos sintomas, por se tratar de uma doença viral auto-limitada. Repouso, ingesta hídrica adequada e medicações para controle da febre são indicados.
Todas as pessoas são suscetíveis ao vírus do sarampo, sendo a vacinação em massa a única forma de prevenir e erradicar a doença!
Filhos de mulheres que já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem anticorpos circulantes transmitidos pela placenta, conferindo imunidade durante os primeiros 12 meses de vida.
Após esse período, a criança deve ser imunizada, com duas doses da vacina tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo), aos 12 e 15 meses de idade.
Crianças e adolescentes entre 12 meses e 19 anos, que não tenham sido vacinados ou tenham recebido apenas uma dose da vacina, devem buscar atendimento médico para a correta imunização (uma ou duas doses, dependendo da situação).
Adultos com 20 a 49 anos de idade, que não tenham sido vacinados anteriormente, também devem buscar atendimento – nesses casos, uma dose da vacina está indicada.
Cuide bem da sua família! Mantenha todos vacinados!
Dra. Carolina Ghislandi
Dermatologista
CRM-PR 27.750 / RQE 20.866