O câncer de pele acomete um grande número de pessoas no mundo, sendo o tipo de câncer mais frequente do corpo humano no Brasil. O principal fator relacionado ao aparecimento do câncer de pele é o excesso de exposição à radiação ultravioleta emitida pelo Sol. A longo prazo, os raios UV causam alterações nos núcleos das células cutâneas, que passam a se multiplicar de forma desordenada, dando origem aos tumores de pele.
As pessoas mais afetadas com a doença são os adultos com mais de 40 anos, que possuem a pele muito clara, albinos, pessoas com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores (medicamentos usados para evitar a rejeição de órgãos transplantados).
Pesquisas apontam que no Brasil há cerca de 176 mil novos casos ao ano – apesar desse número alarmante, grande parte da população não se conscientiza da importância dos cuidados com a pele. Os cânceres de pele podem ser divididos em 2 subtipos: melanoma e não melanoma. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um deles e a melhor forma de preveni-los.
Melanoma
O câncer de pele tipo melanoma não é tão frequente quanto o não melanoma, mas pode ser letal devido a possibilidade de causar metástase – quando as células malignas do tumor atingem a corrente linfática, se instalam em os outros órgãos e causam doença nos mesmos. É frequente em adultos brancos, principalmente em ruivos e loiros. Nos negros, o tumor pode estar presente mais comumente em regiões do corpo como as palmas e plantas (melanoma acral).
Pintas escuras ou com múltiplas cores (tons de marrom), com surgimento recente ou que tenham crescido nos últimos tempos, com bordas irregulares, assimétricas, associadas ou não à dor e sangramento, podem ser sugestivas de câncer de pele do tipo melanoma. Afetam homens mais comumente no dorso (costas) e mulheres nos membros (braços e pernas). Caso você tenha alguma mancha de pele ou pinta com essas características, consulte o quanto antes um dermatologista.
Não melanoma
O câncer de pele do tipo não melanoma é mais comum, especialmente o chamado carcinoma basocelular. Apresenta menor taxa de mortalidade e altas chances de cura, desde que o diagnóstico e tratamento sejam precoces. A demora no diagnóstico e tratamento, pode levar a aumento progressivo das lesões que, quando submetidas a cirurgia, deixarão cicatrizes maiores e poderão acarretar em maiores complicações. Apesar de raro, pode também fazer metástase caso demore a ser detectado.
Os cânceres de pele não melanoma são representados por dois subtipos principais: o carcinoma basicelular e o carcinoma espinocelular (ou epidermoide).
O carcinoma basocelular é o mais comum e afeta principalmente pessoas de pele clara com história de exposição solar crônica. Caracteriza-se pela presença de pápulas (“bolinha”) ou tumores da cor da pele (podem ser levemente avermelhados ou amarronzados também), brilhantes, por vezes com crostas associadas. Podem ou não causar dor e sangramento. As regiões mais acometidas são as que ficam expostas ao sol (face, colo, braços e dorso). Quando é detectado precocemente, o carcinoma basicelular apresenta alta taxa de cura após ser submetido a tratamento cirúrgico. Após a retirada do tumor, o paciente deve manter o acompanhamento com o médico dermatologista – a chance de surgimento de novas lesões em pacientes que já tiveram um carcinoma basocelular é maior!
O carcinoma epidermóide ou espinocelular já é um pouco mais agressivo, apresentando capacidade de metástase. Também tem relação com a exposição ao sol, mas outros fatores como tabagismo, etilismo, hábito de tomar bebidas muito quentes e exposição a outros tipos de radiação (radioterapia, por exemplo) podem aumentar o risco de desenvolvimento desse subtipo de câncer de pele. Normalmente se manifesta como uma ferida que não cicatriza, com sangramento e dor frequentes. As regiões mais acometidas são as expostas ao sol, com atenção especial para orelhas e lábios. Podem surgir também em áreas de cicatrizes e de queimaduras antigas. O tratamento normalmente é cirúrgico, com necessidade de retirar não só o tumor, como uma área de pele não afetada ao redor do mesmo (margem de segurança). Após análise por um médico patologista, avalia-se a necessidade de nova cirurgia. Em caso de lesões extensas, podem ser necessárias outras formas de tratamento.
Prevenções
O diagnóstico precoce é essencial para todos os tipos de câncer de pele. A partir do momento da detecção, o tratamento cirúrgico é proposto e apresenta grandes resultados de cura.
A fim de prevenir o aparecimento do câncer de pele e, caso ele apareça, realizar sua detecção de forma precoce, algumas dicas são valiosas! Seguem abaixo algumas delas:
- Evite a exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10 e 16 horas – nos dias em que o índice de radiação UV estiver maior do que 6, evite se expor ao sol em qualquer horário que seja. Caso a exposição seja necessária, aplique protetor solar, use camisetas, chapéu e óculos, procure se abrigar embaixo de sombreiros;
- Examine sua pele regularmente e verifique se há novos sinais, manchas, pintas, feridas ou se houve alguma modificação em lesões que já estavam presentes previamente;
- Use o filtro solar apropriado conforme a recomendação médica – lembre-se que o fator mínimo recomendado é o FPS 30;
- Procure locais com sombras e faça uso das proteções como óculos escuros, roupas, bonés, sombrinhas, chapéus e barracas;
- As pessoas muito claras e com histórico de câncer de pele na família devem procurar regularmente um médico dermatologista.
Nos casos mais severos é muito importante o acompanhamento de um médico especializado!
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Médica Responsável Dra. Carolina Ghislandi CRM-PR 27750 / RQE 20866