Quem nunca sofreu na adolescência ou até mesmo na vida adulta com Acne?
Muito comum e mais frequente na fase da adolescência, a acne é um processo inflamatório das glândulas sebáceas que se manifesta como cravos e espinhas. Apesar de menos comum, pode afetar também os adultos, sendo que nessa fase as mulheres sofrem mais que os homens com um quadro que chamamos de “acne da mulher adulta”.
As lesões da acne costumam gerar certo incômodo, principalmente na adolescência, idade em que se preocupa muito com a aparência. O prejuízo psicológico causado por essa doença dermatológica se reflete em insegurança, timidez e baixa autoestima, podendo influenciar no desenvolvimento social dos indivíduos dessa faixa etária.
A genética é um dos principais fatores envolvidos no desenvolvimento da acne, porém o estímulo hormonal que acontece especialmente na fase da adolescência também tem um papel bem definido.
O uso da máscara em tempos de pandemia, a alimentação rica em alimentos com altos índices glicêmicos e derivados lácteos, o estresse, o uso de alguns suplementos alimentares e medicações (corticóide, vitaminas do complexo B) também podem agravar o quadro.
As lesões aparecem com mais frequência na face, mas também podem surgir nas costas, ombros, peito e couro cabeludo. O tipo e intensidade das lesões de pele podem variar entre os indivíduos. Conheça a seguir todas as lesões que fazem parte dessa doença e os nomes científicos que usamos para descrevê-las:
- Comedos: conhecidos popularmente como “cravos”, são o acúmulo de material sebáceo nos poros da pele. Podem ser escuros (comedos abertos) ou esbranquiçados (comedos fechados);
- Pápulas Eritematosas: “bolinhas” avermelhadas de consistência endurecida;
- Pústulas: lesões pontuais com base avermelhada e centro amarelado (pus);
- Nódulos: são lesões avermelhadas maiores e mais profundas que as pápulas, caracterizadas por uma maior inflamação dos tecidos afetados, podendo levar à formação de cicatrizes;
- Cistos: lesões maiores que as pústulas, com o componente inflamatório mais exacerbado. Podem causar dor e evoluir com formação de cicatrizes.
Tratamentos
Quanto mais precocemente iniciarmos o tratamento para acne, melhor será a sua evolução. Não se deve deixar a acne evoluir “sozinha”, sem intervenção dermatológica, pelo alto risco de formação de cicatrizes nos locais afetados.
Começando cedo, a acne tem tratamento e pode ser curada ou controlada! Importante ressaltar que quem tem acne não deve, em nenhuma hipótese, manipular (“cutucar, espremer”) as lesões, pois isso pode levar à infecção, inflamação e cicatrizes.
O uso de protetor solar é também de fundamental importância, pois evita a formação de manchas pós-acne na pele.
A limpeza de pele periódica, realizada por um profissional habilitado, pode ser indicada para alguns pacientes.
A grande maioria dos casos de acne requer tratamento medicamentoso, seja ele de uso tópico ou oral. A escolha do tratamento varia de acordo com a gravidade e a localização das lesões, histórico individual de tratamentos prévios, presença de lesões não inflamatórias (“cravos”) com ou sem lesões inflamatórias (“espinhas”, nódulos, cistos) e/ou cicatrizes:
- Em formas leves, o tratamento pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes no mercado, isolados ou combinados como: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina, de preferência associada – no mesmo produto – aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico.
- Em formas mais avançadas, tratamento por via oral pode ser necessário e associado aos produtos tópicos. Dentre as medicações disponíveis para tratamento da acne, temos os antibióticos da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídios (azitromicina).
O tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais ou diuréticos pode ser útil nas mulheres, desde que não existam contraindicações.
Dentro do arsenal de tratamentos medicamentosos da acne temos ainda a isotretinoina, medicação muito conhecida, estudada e com bons resultados. Ela está indicada em casos mais graves, com predominância de lesões inflamatórias, na tentativa de evitar ou minimizar a formação de cicatrizes. Nem todo paciente pode utilizar essa medicação – alguns efeitos colaterais podem acontecer, como aumento de colesterol e alterações dos exames do fígado. É contra-indicada para uso em gestantes, por isso, o controle do tratamento em mulheres em idade fértil é muito rigoroso.
Alguns procedimentos complementares podem ser realizados com o dermatologista para ajudar no controle da acne e na melhora estética das cicatrizes por ela deixadas:
- Drenagem de abscessos;
- Infiltração com corticóides em lesões nodulares muito inflamadas ou em cicatrizes elevadas;
- Peelings químicos;
- Microdermabrasão;
- Laser;
- Luz intensa pulsada
- Microagulhamento
Prevenção
Muito importante manter uma higiene adequada da pele com o uso de sabonete ou produto de limpeza indicado especialmente para pela acnéica/oleosa. A limpeza excessiva, no entanto, é prejudicial à pele como um todo (causando irritação) e pode inclusive piorar a oleosidade da pele.
É importante consultar seu dermatologista para indicar o produto apropriado a sua pele e o tipo de tratamento a ser seguido.
Evitar cosméticos que aumentem a oleosidade é importante – toda rotina de skincare deve ser recomendada pelo médico especialista.
A pele pode melhorar após a exposição ao sol, porém, essa melhora é apenas temporária e a exposição exagerada acarreta piora do quadro.
As pessoas com acne, como todos, devem se expor ao sol de maneira cuidadosa, racional e orientada.
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